Associação do setor, Absolar informa que resultado corresponde a 13,1% da matriz elétrica do País
A Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) informou que o Brasil ultrapassou a marca de 29 GW (gigawatts) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica. O resultado é a soma da produção em usinas de grande porte e também nos sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos.
O resultado equivale a 13,1% da matriz elétrica do País. Esse tipo de fonte de energia é o segundo do Brasil em se tratando de potência instalada, atrás apenas da produzida por hidrelétricas, e tem tido crescimento, em média, de 1 gigawatt por mês. O anúncio foi feito na última segunda-feira (16) na rede social Linkedin da associação.
De acordo com a Absolar, a potência instalada é a soma das potências nominais, 110 ou 220 volts, de todos os equipamentos elétricos, como se todos eles estivessem ligados e operando ao mesmo tempo. Essa potência marcava 16,4 gigawatts em julho de 2022.
O crescimento vem sendo alavancado pela geração distribuída, que é a geração elétrica realizada por consumidores independentes. Essa geração soma 20,5 gigawatts de potência instalada, proveniente de investimentos que chegam à casa de R$ 100 bilhões, informa a associação.
Já a geração centralizada, que provém de grandes usinas, geralmente afastadas dos centros de consumo, necessitando, assim, de extensas linhas de transmissão, soma 8,5 gigawatts de potência instalada, decorrentes de investimentos de cerca de R$ 42 bilhões.
Ainda conforme a associação, a energia solar já gerou ao Brasil aproximadamente R$ 144 bilhões em investimentos desde 2012, com cerca de R$ 43 bilhões em arrecadação aos cofres do governo e 870 mil oportunidades de emprego. Outro ganho comemorado pelo setor é que, com o crescimento da produção de energia solar, foi evitada a emissão de 37 milhões de toneladas de gás carbônico na produção de eletricidade.
PROTAGONISMO
Reunião entre integrantes dos ministérios de Minas e Energia, do Meio Ambiente e das Relações Exteriores na última quinta-feira (11) tratou da participação do Brasil na próxima reunião da Cúpula do G-20, encontro das 20 maiores potências econômicas do mundo. O intuito foi marcar o início do que foi denominado “ampla e sólida caminhada para tornar o Brasil um grande celeiro mundial de energia limpa”.
“Transição energética foi a principal pauta do encontro, que deu início aos esforços para posicionar o Brasil, já nos próximos anos, como o grande celeiro mundial de energia limpa, aproveitando as suas potencialidades e contribuindo para a descarbonização brasileira e mundial no contexto do G20”, informa trecho da nota no portal do Ministério de Minas e Energia.
De acordo com Alexandre Silveira, chefe da pasta, o governo brasileiro quer dar maior visibilidade à bioenergia. Nesse sentido, acrescenta a nota, “o Brasil tem mantido diálogo permanente com o governo indiano e também dos Estados Unidos, que é, hoje, o maior produtor de etanol em todo o mundo”.
“A intenção é, já a partir de julho deste ano, até setembro de 2024, trabalhar em busca de articulações nacionais e internacionais, consolidando e preparando o Brasil para assumir a presidência desse grupo tão relevante para a transição energética, para a sustentabilidade do planeta”, disse o ministro.