ANP diz que crescimento foi de 12,2% na comparação com o ano anterior
A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) anunciou que constatou crescimento de 12,2% nas reservas provadas de petróleo em 2022 se comparado a 2021. Além dessa alta, também houve elevação de 9,7% no volume relativo à soma de reservas provadas e prováveis, e 11% no total das provadas, prováveis e possíveis. O comunicado foi publicado na última semana e tem como base dados do BAR (Boletim Anual de Recursos e Reservas) da ANP.
No boletim constam informações consolidadas e declaradas no ano passado referentes às reservas brasileiras de petróleo e gás natural. O documento apresenta, acrescenta comunicado no portal da ANP, números de reservas por Estados, quantidade de reservas provadas, possíveis e prováveis por bacia, produção acumulada por bacia e estado e a fração recuperada, que é a “produção total acumulada dividida pelo volume de recursos in place, ou seja, o volume total de petróleo nos reservatórios) por bacia”, diz a nota.
Companhias contratadas para exploração e produção do produto no Brasil declararam 14,8 bilhões de barris de petróleo e reservas provadas. Também houve 21,9 bilhões de barris de reservas provadas e prováveis e outros 26,9 bilhões de barris de reservas provadas, provadas e possíveis.
Assim, o número de reposição de reservas provadas de petróleo apresentou 246,3% de alta, o que representa 2,7 bilhões de barris em novas reservas. As reposições de reserva indicam a relação entre os volume apropriado e o produzido no período considerado, ou seja, para cada barril de petróleo produzido foram apropriados outros 2,27 barris, explica a nota.
A agência ainda informa que, em relação ao gás natural, foram 406,3 bilhões de metros cúbicos de reservas provadas de petróleo. Outros 517,4 bilhões de m³ de reservas provadas e prováveis, e 587,752 bilhões de m³ de reservas provadas, prováveis e possíveis. Os campos de Búzios, no Rio de Janeiro, Sépia e Tupi, ambos em Santos, no Litoral paulista, foram responsáveis pela maior contribuição para variação positiva de reservas em valores absolutos.
Segundo a ANP, mudanças no volume das reservas de petróleo e gás natural no País devem-se à produção realizada durante todo o ano. Também são responsáveis pelas alterações as reservas adicionais originárias de novos projetos de desenvolvimento, as declarações de comercialidade e a “revisão das reservas dos campos por diferentes fatores técnicos e econômicos”.
Para finalizar, a agência informa que as companhias que operam nesses campos de produção devem informar, até 31 de janeiro de cada ano, “os volumes de reservas, recursos, produção acumulada e os volumes in situ de petróleo e de gás natural relativos ao ano anterior”. “As informações contidas no BAR devem estar de acordo com o plano de desenvolvimento e com os demais planos e programas submetidos à agência, devendo ser elaborado de acordo com a resolução ANP 47/2014”, informa a ANP em seu portal.
A ANP ainda informa que a resolução ANP/2014 tem como objetivo definir termos relacionados com os recursos e reservas de petróleo e gás natural; estabelecer diretrizes para a elaboração do BAR; e aprovar o regulamento técnico de estimativa de recursos e reservas de petróleo e gás natural.
RESERVAS
A agência também explica que reservas provadas são a quantidade de petróleo ou gás natural que o estudo dos dados de geociências e engenharia indica como recuperáveis comercialmente, na data de referência do BAR. “Quando são usados métodos probabilísticos, a probabilidade de que a quantidade recuperada seja igual ou maior que a estimativa deverá ser de pelo menos 90%”, diz trecho da nota.
Nas reservas prováveis, a probabilidade de que o total recuperado seja igual ou maior que a soma das estimativas das reservas provada e provável, que deverá ser de pelo menos 50%. Já nas reservas possíveis, a probabilidade de que o total recuperado seja maior ou igual à soma das estimativas das reservas provada, provável e possível, que deverá ser de ao menos 10%.
