Das 138 mil escolas públicas no País, 8.300 não têm acesso à internet e 4.600 sequer têm energia elétrica
Parceria entre os ministérios de Minas e Energia e das Comunicações objetiva garantir energia elétrica e conectividade a 4.600 escolas públicas brasileiras. O anúncio foi feito durante reunião em Brasília por Alexandre Silveira, chefe da pasta de Minas e Energia, e Juscelino Filho, que comanda as Comunicações, na última semana.
Segundo informa o MCom, há no País 138,3 mil escolas públicas. Destas, 8.300 ainda não contam com acesso gratuito à internet de banda larga. Cenário ainda pior a 4.600 destas, porque sequer contam com oferta de energia elétrica. Para essas unidades educacionais, Alexandre Silveira se comprometeu a garantir energia elétrica, o que, inclusive, possibilitará a instalação dos equipamentos necessários para a conexão com a internet tanto a alunos quanto ao corpo docente.
Para o ministro, a ação do governo federal visa garantir mais dignidade à população brasileira. “Entendemos que políticas de acesso à energia e conectividade devem sempre andar de mãos dadas, por isso essa discussão é fundamental para promover a integração dessas políticas que impactam positivamente na qualidade de vida da população. É o governo do presidente Lula avançando para melhorar a vida de todos os brasileiros e brasileiras ”, disse ele em comunicado no portal da pasta.
Em complemento à fala do ministro, o colega Juscelino Filho reforçou a necessidade da iniciativa. “Levar energia elétrica e conectividade para essas escolas públicas e comunidades isoladas é garantir cidadania, segurança e acesso à informação para milhões de brasileiros, atendendo uma determinação do presidente Lula para avançarmos com a inclusão digital no País.”
Na mesma reunião os dois ministérios também declararam apoio à gestão compartilhada de postes pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). De acordo com o comunicado, a iniciativa tem como objetivo acabar com “a falta de coordenação” no uso do dispositivo por distribuidoras de energia elétrica e por prestadores de serviços de telecomunicações.
A ausência de coordenação tem gerado problemas para ambos os lados. A sobrecarga na infraestrutura, prossegue a nota, tem causado danos tanto às distribuidoras quanto aos prestadores de serviços, além de excesso na fiação e poluição visual, o que tem colocado em “risco a segurança da população”.
“O compartilhamento dessa infraestrutura envolve aspectos técnicos e comerciais e, eventualmente, as empresas podem não chegar a um acordo que permita a oferta adequada de energia elétrica e a ampliação da cobertura de internet. A Resolução que vem sendo elaborada pela Anatel e Aneel pretende regulamentar o setor e resolver definitivamente a questão”, acrescenta o informe.