Novas marcas ocorreram no SIN e no subsistema Nordeste na última quinta-feira (20)
O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) informou que houve quatro quebras de recorde na geração de energia eólica no Brasil) na última semana, mais precisamente na quinta-feira (20). As novas marcas ocorreram no SIN (Sistema Interligado Nacional) e no sistema Nordeste, tanto no pico de geração média do dia quanto na instantânea.
A produção de energia pelos ventos na média do dia alcançou 8.316 megawatts médios, o que equivaleu a 25,6% da energia necessária para abastecer todo o País naquele dia. Já no SIN, a produção instantânea de energia eólica alcançou 20.211 megawatts às 5h12, o que correspondeu a 33,4% da demanda nacional no ato da geração.
E ainda houve a geração de energia pelos ventos de 18.415 megawatts às 8h07 da quinta-feira no Nordeste. A média de geração, ainda no último dia 20 de julho, atingiu 16.754 megawatts médios no mesmo dia, o que equivale a 138% da demanda. Isso quer dizer que, além de atender totalmente às necessidades do consumo na região, o Nordeste ainda mandou energia para outros subsistemas do País.
MAIS RECORDES
O ONS também informa que foram verificados doze recordes na geração de energia na primeira quinzena de julho, sendo cinco pelas fontes eólicas e sete nas fontes solares. Nove dessas novas marcas foram registradas no Nordeste. A mais recente ocorreu no último dia 13 de julho, data em que a produção solar instantânea na região alcançou 6.597 megawatts, o que corresponde a 53,3% da demanda do Nordeste, região que abriga nove Estados, quais sejam, Bahia, Pernambuco, Ceará, Alagoas, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Ainda conforme o ONS, a marca ultrapassou uma similar que havia sido registrada no dia anterior. Em 12 de julho, “a geração solar instantânea no mesmo subsistema chegou a 6.478 megawatts, 52% da demanda”, informa o operador. No mesmo dia 12, ainda na região Nordeste, a força do sol atingiu 2.248 megawatts médios, o que correspondeu a 19% da demanda.
O Nordeste já havia verificado dois registros importantes de geração de energia solar média. O primeiro em 4 de julho, quando atingiu 2.060 megawatts médios; e, o segundo, em 11 de julho, data em que essa mesma modalidade registrou a produção de 2.211 megawatts médios, segundo o operador nacional.
Em relação à geração solar instantânea, a região Nordeste havia chegado à marca de 6.469 megawatts, ou 51% da demanda, no dia 10 de julho. O recorde de produção solar média no Sistema Interligado Nacional havia sido registrado no dia 4 de julho, com 5.752 megawatts médios.
TEMPORADA DE VENTOS
Tido como o pontapé inicial para a estação conhecida como favorável aos ventos, julho teve, neste ano, a temporada iniciada no dia 3. Nessa data, o índice de produção de energia eólica instantânea foi inédito no Nordeste, de 17.135 megawatts, registrado às 23h59. E esse número foi ultrapassado menos de 24 horas depois, atingindo 18.401 megawatts, às 22h41 de 4 de julho, o que equivaleu a 149,1% da demanda da região no ato da geração da energia. A melhor marca na geração eólica média no Nordeste havia sido verificada em 4 de julho, com 16.453 megawatts médios.
No mesmo dia 4 de julho houve duas marcas no SIN, quais sejam, 19.720 megawatts de geração eólica instantânea, verificados às 22h55, o que representou 27,8% da demanda no momento; e 17.110 megawatts médios de geração eólica média.
“O período de julho a setembro corresponde à estação seca nas bacias hidrográficas do Norte, Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste, e ao período de intensificação dos ventos na região Nordeste, aumentando a participação desta fonte na matriz elétrica”, conclui o ONS.