Em relação a fevereiro, diminuição foi de 4,5% e 5,5%, respectivamente
A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) divulgou na última semana o boletim mensal de produção de petróleo e gás natural referente ao mês de março de 2023. No período, foram produzidos 3,9 milhões de barris de BOE/D (Óleo Equivalente por Dia). De acordo com o informado no site da Petrobras, BOE é a unidade utilizada para comparar, em equivalência térmica, um volume de gás natural com um volume de óleo.
Desse total, foram 3,1 milhões de barris de petróleo e 138,5 milhões de metros cúbicos de gás natural. Em relação ao petróleo, houve queda de 4,5% se comparado com fevereiro e alta de 4,5% na comparação com março de 2022. Já o gás natural apresentou diminuição na produção de 5,5% ante fevereiro e alta de 3% em relação ao mesmo período do ano passado.
A ANP lista como os principais motivos para a redução da produção as paradas programadas nas unidades Petrobras 77, na jazida de Búzios, e FPSO Guanabara, na jazida de Mero, ambas no Rio de Janeiro, e no pré-sal da Bacia de Santos, no Litoral de São Paulo.
“Variações na produção são esperadas e podem ocorrer devido a fatores como paradas programadas de unidades de produção em função de manutenção, entrada em operação de poços, parada de poços para manutenção ou limpeza, início de comissionamento de novas unidades de produção, dentre outros. Tais ações são típicas da produção de petróleo e gás natural e buscam a operação estável e contínua, bem como o aumento da produção ao longo do tempo”, informa comunicado no portal da agência.
PRÉ-SAL
Segundo dados do boletim da ANP referentes ao último mês de março, foram produzidos no pré-sal 3 milhões de BOE/D ((Óleo Equivalente por Dia), o que equivale a 75,4% da produção total do Brasil. Foram 2,3 milhões de barris de petróleo por dia e 102 milhões de metros cúbicos diários de gás natural, extraídos de 142 poços. A queda foi de 8% se comparado a fevereiro, mas aumento em relação ao mesmo mês de 2022, de 4,6%.
O aproveitamento do gás natural em março chegou à marca de 97,4%, segundo a ANP. Do total, 48 milhões de metros cúbicos foram disponibilizados ao mercado. Quanto à queima, de 3,6 milhões de metros cúbicos, houve redução de 5,5% na comparação com o mês de fevereiro e alta de 20,9% se comparado com março do ano passado.
ORIGEM
A ANP ainda informa que 97,7% do petróleo e 86% do gás natural produzidos no mês de março são originários de campos marítimos. Os campos sob responsabilidade somente da Petrobras ou de consórcios formados pela empresa e outras companhias foram produtores de 90,1% do total produzido. Foram explorados 5.564 poços. Desses, 5.059 são terrestres e outros 505, marítimos.
A ANP encerra a nota com a informação de que o campo de Tupi, no pré-sal da Baia de Santos, no Litoral paulista, foi responsável pela produção mais alta, com 850,4 mil barris de petróleo por dia e 40,5 milhões de metros cúbicos de gás natural diariamente. Já a instalação com maior produção de petróleo coube à FPSO Carioca, que produz na Bacia de Santos, na jazida compartilhada de Sépia, com 167,1 mil barris diários. A maior produção de gás natural foi registrada em Polo Arara, nos campos da Bacia de Solimões, no Estado do Amazonas, com 7,95 milhões de metros cúbicos.
