Estimativa é do ONS para as hidrelétricas das regiões brasileiras até o fim de maio
Os reservatórios de hidrelétricas em todas as regiões brasileiras que atendem ao SIM (Sistema Interligado Nacional) devem terminar o mês de maio com mais de 80% de armazenamento de água. Quem informa é o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), por meio do boletim do PMO (Programa Mensal da Operação), publicado no portal do operador.
A expectativa em relação à região Sudeste/Centro-Oeste é a de que os reservatórios atinjam 88% de volume de água. Caso a estimativa se confirme, será o maior nível de armazenamento nos reservatórios da região desde 2000, início da série histórica. Segundo o ONS, essa estimativa tem como base a expectativa de que em maio, mês considerado com menor volume de chuvas, a quantidade de água que chega aos reservatórios, a chamada “ENA (Energia Natural Afluente)”, atinja na região mais de 100% da média histórica.
De acordo com o ONS, para efeito de comparação, em 2021 esse índice estava próximo de 30%, o que fez com que na época fossem acionadas as termelétricas emergenciais, e como essas têm energia mais cara, acabou sobrando para o consumidor pagar mais caro na conta de energia elétrica.
Em relação às previsões para as demais regiões, no Nordeste os reservatórios das hidrelétricas podem chegar a 88% de capacidade, com a ENA alcançando 55% da média histórica. No Sul do País o volume de água armazenado deve ficar em 84%, com a ENA em 74%. E, na Norte, 100%, e ENA de 112%.
Ainda segundo o operador nacional, que também divulgou as estimativas para o consumo de energia elétrica no território brasileiro, a carga terá aumento de 3,4% na comparação com o mesmo período de 2022, e chegará a 71,9 megawatts médios.
Com previsão de alta de 13,6% em relação ao ano passado, a região Norte deve demandar mais energia, seguida da Nordeste, com 4,5%; Sul, com 2,7%; e Sudeste/Centro-Oeste, na qual há maior consumo de energia elétrica, deve apresentar 1,8% de expansão, informa o portal. Os dados são indicações para o último dia do mês, comparados com o mesmo período do ano passado.
ELETROBRAS
Em nota à imprensa, a Eletrobras respondeu na última segunda-feira (8) ao governo federal sobre ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) da AGU (Advocacia-Geral da União) no STF (Supremo Tribunal Federal) que questiona o modelo de privatização e visa aumentar o poder do governo na companhia elétrica.
A companhia diz que o processo de desestatização “seguiu fielmente todo o trâmite legalmente previsto”, foi conduzido pelo BNDEES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e deliberado pelo CPPI (Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos), além de objeto de “amplo debate e aprovação no Congresso Nacional e, ainda, exame e validação prévios pelo TCU (Tribunal de Contas da União).
“A Companhia acredita que o processo de privatização foi conduzido em conformidade com a Lei n. 14.182 e a Constituição, e informa que avaliará as medidas que eventualmente devam ser adotadas pela Companhia visando a manutenção de ambiente confiável para a realização de investimentos pela Eletrobras no País e a segurança jurídica de todos os seus acionistas e do mercado em geral”, encerra a nota.